Projeto Pós Graduação – Arildo de Sousa Dias

ARQUITETURA HIDRÁULICA E ATRIBUTOS FOLIARES RELACIONADOS
À SEGURANÇA E EFICIÊNCIA NO FUNCIONAMENTO DO XILEMA EM
ÁRVORES E LIANAS DE DUAS FLORESTAS ATLÂNTICAS
Pesquisador Responsável: Prof. Dr. Fernando Roberto Martins
Pesquisador Associado: Prof. Dr. Rafael Silva Oliveira
Pós-graduando: Arildo de Souza Dias
Instituição Sede: Universidade Estadual de Campinas

RESUMO
Aspectos estruturais do xilema, como investimento em construção do caule (densidade do lenho) e resistência mecânica (módulo de elasticidade e módulo de ruptura), são estreitamente correlacionados à vulnerabilidade ao embolismo induzido pela seca. Lianas representam um elemento chave em florestas tropicais e têm um grande impacto sobre muitos processos ecossistêmicos. Estudos quantificando atributos funcionais de lianas em florestas com pluviosidade e sazonalidade distintas ainda são escassos. Nosso objetivo é contrastar características funcionais do lenho e atributos foliares entre árvores e lianas de duas comunidades da Mata Atlântica que diferem em pluviosidade total e sazonalidade. O estudo será desenvolvido numa Floresta Ombrófila Densa situada no município de Ubatuba, no Parque Estadual da Serra do Mar, e numa Floresta Estacional Semidecídua, a Mata Ribeirão Cachoeira, no município de Campinas, ambas no estado de São Paulo.

Em espécies de árvores e lianas com número de indivíduos maior ou igual a 10 em uma área de um hectare, mediremos a densidade da madeira, a massa foliar por unidade de área da folha (MFA) e conteúdo de nitrogênio foliar (CNF). Em alguns pares de espécies congenéricas de árvores e lianas mediremos a resistência à cavitação, condutividade hidráulica, o módulo de ruptura (MOR) e módulo de elasticidade (MOE). Analisaremos a diferença entre as variáveis medidas considerando os locais e os hábitos de crescimento por meio de regressões lineares, análise de variância (ANOVA) e análise de covariância (ANCOVA). Esperamos que lianas apresentem maior conteúdo de nitrogênio foliar (CNF) e maior condutividade hidráulica, menor resistência à cavitação, menor módulo de ruptura (MOR) e menor módulo de elasticidade (MOE) do que árvores. Esperamos que as espécies de árvores e lianas na floresta semidecídua apresentem maior resistência à cavitação do que as espécies da floresta ombrófila.

Palavras-chave: arquitetura hidráulica, pluviosidade, história de vida, floresta Ombrófila Densa,
Floresta Estacional Semidecídua.

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