Por Arquiteta Licia Rubim
Hoje contamos com uma população carente de informação sobre o meio ambiente em que vivem. Construir se utilizando de técnicas de construção de baixo impacto ambiental e baixo custo, respeitando a topografia do terreno e as suas condições naturais. É um modelo de construção sustentável que desejamos para o nosso loteamento.
Essas modalidades de construção que promovem conforto térmico, se utilizando de técnicas simples que ajudam a conservar o planeta (tecnologia social) e técnicas de bio-construção tais como: adobe, cob, taipa de pilão, taipa leve, superadobe, fardos de palha, aquecedor solar de baixo custo (energia natural), sanitário compostável, rebocos naturais, etc; incluindo estratégias de habitação ecológica, cuidado com a água (reutilização), são aqui apresentados pela arquiteta Licia Rubim com o objetivo de divulgar essas modalidades construtivas. Valorizando as pessoas que tem o mesmo objetivo: viver com mais qualidade de vida e de construir um mundo mais sustentavel.
Aquecedor Solar de Baixo Custo, da empresa Laresol, vamos descobrir os fundamentos do aquecimento de água, da teoria e fabricação à implementação do sistema ASBC.
Esta é uma técnica que aquece a água utilizada nos chuveiros. O ASBC consiste em um conjunto de placas de polipropileno pelas quais a água passa e é aquecida, ficando então armazenada numa caixa termicamente isolada. A circulação da água acontece naturalmente, não utilizando bombas, ou seja, seu funcionamento não gasta energia elétrica.
Dentre as tecnologias de aquecimento utilizando o sol como fonte, o ASBC é a solução de menor custo: se substituírem o chuveiro elétrico, tem seu investimento aplicado compensado, em média, após 6 meses de uso. A temperatura obtida com esse sistema de aquecimento chega a 35 – 38ºC, garantindo um banho confortável paras as pessoas. (O ASBC tem também grande utilidade no aquecimento de piscinas).
As vantagens do aquecedor solar de baixo custo são:
“Da terra para a mesa, da mesa para o homem, do homem de volta para a terra. Esse é o espírito do Húmus Sapiens, uma tecnologia social inovadora que associa uso racional da água, aproveitando resíduos sólidos, e proteção ao meio ambiente.
Acima, foto e esquema básico do sanitário compostável
O Húmus Sapiens, desenvolvido pelo Ecocentro IPEC, é um sistema integrado de aproveitamento dos dejetos humanos constituído de sanitários compostáveis e um minhocário. Nos sanitários, os dejetos humanos são lançados diretamente em câmaras de compostagem, sem o uso de água para a descarga. Esse composto é levado posteriormente para um minhocário onde é produzido o húmus, um adubo orgânico excelente para a agricultura. Assim, o Húmus Sapiens fecha o ciclo da natureza sem agredir o meio ambiente, poupando anualmente milhares de litros de água tratada.”
Ao invés de utilização de água, jogamos serragem sobre as fezes.
O Húmus Sapiens foi finalista no “Prêmio Tecnologia Social 2005”, promovido pela Fundação Banco do Brasil.
A taipa leve é uma técnica consagrada na Alemanha, sendo usada principalmente para fazer divisórias internas e compartimentos. Essa técnica utiliza principalmente a palha de arroz, o que garante um lindo visual natural.
Parede de taipa leve sendo levantada sobre base de superadobe
Para realizar essa técnica é necessário o uso de fôrmas de madeira, onde a mistura é aplicada e apiloada (compactada). Essa técnica não é auto-portante, ou seja, necessita de colunas para sustentação. Mesmo tendo essas pequenas limitações a taipa leve prova em vários locais do planeta sua eficiência tendo um baixíssimo custo.
Dentro desta construção de taipa leve, funciona o escritório do fundador do Ecocentro, André Soares
As vantagens da taipa leve são:
O reboco natural é uma alternativa ao uso do reboco de cimento normalmente usado nas construções convencionais. A técnica oferece um lindo aspecto “natural” às paredes da construção e sua qualidade é garantida pela composição natural do reboco, que utiliza itens como terra, cinza e óleo de linhaça.
As vantagens do reboco natural são:
Exemplo de construção com terra:
COB
O cob é uma técnica antiga, de origem inglesa, criada no século XIII. A construção com cob assemelha-se à produção de uma escultura: há total liberdade para inventar formas artísticas e utilidades para a habitação, como armários, fornos e bancos embutidos na própria parede.
Para aplicar essa técnica você precisa de um solo argiloso, água, pequenos detritos (pedras), areia e palha de arroz. Os materiais são misturados e pisoteados até formarem uma massa homogênea, com uma boa liga, para então serem aplicados, em forma de bolas de barro, diretamente na construção.
O melhor modo de preparar a massa (que contém solo argiloso e palha na composição) é dançando sobre ele!
As vantagens da construção com cob são:
A técnica do superadobe foi desenvolvida nos anos 80 pelo iraniano, radicado nos Estados Unidos, Nader Khalili. As paredes são erguidas simplesmente com sacos preenchidos com subsolo. As construções feitas com esta técnica são sólidas como uma rocha, podendo resistir até a terremotos. São, também, construções com grande isolamento térmico.
O superadobe é, talvez, a maneira mais simples de construir com terra, pois não é necessário fazer qualquer teste com o material, não é preciso peneirar a terra, nem moldá-la e nem acrescentar palha. As paredes são erguidas muito rapidamente, mas é preciso ter uma equipe de pelo menos cinco pessoas.
O superadobe necessita de ferramentas simples para sua execução:
O saco usado para erguer as paredes é um grande rolo de polipropileno (bobina) com aproximadamente 50 cm de largura. O rolo é cortado em pedaços do comprimento da parede a ser construída, deixando-se uma pequena sobra em cada ponta para fazer o acabamento.
O adobe é uma técnica de construção natural onde o principal recurso utilizado para construí-lo é o barro, que é encontrado no próprio local da construção. O adobe foi utilizado por todas as grandes civilizações, podemos tomar por exemplo a Muralha da China, onde em boa parte de sua construção o bloco de adobe foi utilizado.
A fabricação dos blocos de adobe requer a mistura de barro, palha e água. Estes “ingredientes” são pisoteados até formarem uma massa homogênea. Após este processo, a massa é colocada em fôrmas de madeira chamadas de ”adobeiras” e finalmente os blocos são deixados em locais reservados para secar.
As vantagens do adobe são:
Arquiteta Licia Rubim
Arquiteta e Urbanista
R.G.: 18.823.123-7
C.P.F.: 153.578.938-70
CREA: 195.737/D
E-Mail: liciarubim@hotmail.com
Endereço: Rua Desembargador Joaquim Barbosa de Almeida, n.114 – Alto de Pinheiros – cep. 05463-010 – São Paulo – S.P. – Brasil
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